terça-feira, maio 30, 2006

Sozinha...






















Deito-me sozinha
Nos braços frios de uma cama
Entre tecidos gélidos
Nas sombras da noite
Sem ti...
Desenho um puzzle
De peças sem fim
Recordando detalhes
Mas...
O sabor da tua ausência
Congelou-me...
As peças não encaixam
Já não consigo desenhar-te
Sentes o meu medo??
A noite tortura-me
Perco o remo do meu delírio
Fico à deriva...
Ouves-me??
Transporto-me para o abismo
Aquele poço negro... fundo
Tão negro sem ecos
Os teus ecos... a tua voz...
Saudades do teu riso...
Tão lindo!!!
(acho que nunca to disse)
Agora... neste dia sem ti
Nesta solidão penosa
Aguardo em silêncio
Os fins das tuas batalhas
Ansiosa pelo homem
E ... pelo sorriso
Aquele que me leva ao Olimpo...
E me traz de volta
O menino... que fala comigo...
Saudades!!


Afrodite

sábado, maio 27, 2006

Entrego-me...

















Sigo na corda sem equilíbrio
Testando a minha ousadia
Desafio a paixão
Controlando a vontade
De te amar...
E tu... tentação divina
Perdição do meu corpo
Levas-me aos recantos
Do mistério carnal...
Dono de um sexo vigoroso
Enlouqueces-me...
Tudo deixa de existir
Quando nos saciamos...
Ecoamos o som do corpo
Numa luta ofegante
Deliramos em fluidos
Mergulhando na entrega
De êxtases sucessivos...
E eu olho-te...
Sinto-te...
E no limite... uma lágrima
E depois outras...
A minha entrega...
O meu desmaio...
Não largues a minha mão...
Sou tua... só tua...



Afrodite

quinta-feira, maio 25, 2006

Segredos mudos...















Sinto o suor da tua vida
As marcas das batalhas
Que teimas em ocultar
Vejo as lágrimas invisíveis
Aquelas que nunca choras
E eu...
Lambo-te o rosto
Sem provar a tua língua
Percorro os teus poros
Deixando um rasto... de amor...
Não te amo!!!
(Minto-me)...
Faço do teu corpo o néctar
Da minha luxúria
Desfrutando da carne
Os pecados voluptuosos
Contigo...
Perco a lógica
O sentido real
Num sexo bruto
Para lá dos limites
Mas depois...
Durmo nos teus braços
Protegida no calor
Que nos envolve
Segredo-te palavras mudas
Com o teu gosto na boca
E...
Em silêncio...
Beijo-te
És a minha tormenta

Quando vais embora...


Afrodite

terça-feira, maio 23, 2006

Fruto do meu desejo...






















Escondida nas vestes
Oculto o meu rosto...
Espreito-te no silêncio
Seguindo o rasto dos teus passos
Faminta do teu gosto...
O teu corpo... tu ...
A paixão do meu desejo...
És o fruto proibido
Que enlouquece minha libido
O éden do prazer
Que me algema
Num grito...
Consegues ouvir
O corpo que te clama...
Persigo-te no Olimpo
Fantasiando o espaço
Numa quimera que me tortura
Desejando o teu abraço...
Oh... como te sinto o cheiro...
Deliro absorvendo
Expondo-me à brisa
Que gela o corpo que arde

És o dilúvio no meu sexo...

Afrodite